Para jovens cartilha de EA do governo de São Paulo é um desfavor
A zebra é branca com listras pretas ou pretas com listras brancas? Não é pegadinha nem piada, esta é uma das perguntas que a cartilha da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo faz aos estudantes

O Coletivo Jovem Caipira de Meio Ambiente chama atenção da sociedade para uma série de equívocos na "Cartilha Ecológica - Sou dessa turma!", da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo. Em artigo publicado no portal Flecha de Luz - Conhecimento e Prática dos Anticorpos de Gaia, o grupo analisa o material didático e convida toda a sociedade a repensar a Educação Ambiental (EA) no estado de São Paulo, apontando falhas desde o processo de elaboração ao conteúdo final, até a coerência do material didático com a legislação federal de Educação Ambiental.


Mais, atestam que ela foi produzida com material que implica altos desperdícios de papel na impressão e questionam a coerência da proposta com tratados e convenções internacionais, como a Convenção de Diversidade Biológica a qual o Brasil é signatário, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global e Agenda 21.

Apesar dos vieses autoritário, simplista e centralizador da Secretaria de Meio Ambiente com a proposta, o Decreto 4.281, de 25 de junho de 2002 (que regulamenta a Lei 9.795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental) expressa em seu artigo 5º que a EA deve ser integrada "às discplinas de modo transversal, contínuo e permanente". E diz também em seu artigo 6º que os programas de EA devem ser integrados entre outros, às atividades de conservação da biodiversidade, de zoneamento ambiental, de gerenciamento de resíduos, de gerenciamento costeiro, etc.
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Crédito imagens: CJ Caipira